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domingo, 20 de fevereiro de 2011

O retorno de Maisa

Amigos leitores,

Desta vez o ano começou antes do Carnaval. Ontem foi o Ano Novo, hoje já é fim de fevereiro, e desculpem os amigos leitores, a comunicação virtual foi interrompida neste período que andou rápido, correu, às vezes acho que até voou.
Foram muitos novos conhecimentos e vários aprendizados, estou mais pesada, inclusive fisicamente. Resultado das férias que depois de tantos anos resolvi gozar de verdade, permitindo-me viajar todos os finais de semana de janeiro, e trabalhando  durante a semana, decidindo-me por não ligar o computador em casa. Férias mentais. Sinto que desta vez, descansei de verdade.
Santa Catarina é o estado que mais gosto, desde que passei a virada do milênio em Florianópolis. Naquele ano não ocorreu o fatídico “boom do milênio”, teve muita chuva na praia e a queima de fogos não ocorreu, mas ocorreu meu amor pela cidade e depois, por diversas outras no lindo estado.
Imagens do centro da cidade de São Francisco do Sul, SC. Farei um blog somente sobre ela.

 De lá para cá, mesmo adorando minhas viagens ao Rio de Janeiro e Minas Gerais durante o ano, escolho Santa Catarina para as viagens de férias de virada de ano. Assim,  a programação foi variada, o que exigiu uma viagem para cada final de semana de janeiro. Então, vamos atualizar nosso convívio em retrospectiva de acordo com a ordem das ocorrências.
O bom de ter amigos é que podemos ter os amigos dos amigos também. Assim, o convite para o Réveillon me proporcionou momentos agradabilíssimos, como o bate-papo super animado com um senhora e sua família que conheci em São Francisco do Sul. Adoro conversar com as pessoas mais velhas e ouvir suas longas histórias de como era a vida nas décadas iniciais do século passado (parece tão longe) anos de 1930,50,70, cuja política, cultura e educação formaram o momento que vivemos agora.
Namoro de mãos dadas em casa na frente do pai, mãe ou irmão mais velho. Tinha uma cadeira própria para namorar, chamava “namoradeira” Dá para acreditar? Beijo na boca? Escondido para os casais mais corajosos. Sexo, depois do casamento, que vinha depois do noivado, vindo após o namoro que tinha que ser solicitado ao pai da moça. Namoro era encontro com dia e hora marcados.
Infelizmente essa senhora ficou viuva, e parte das suas reminiscências são entristecidas, mas demonstra a luta de uma mulher para criar sozinha seus filhos, numa época em que as pessoas guardavam o luto. Na atualidade boa parte das mulheres criam sozinha seus filhos, agora devido ao divórcio, que não existia naquela época. Encanto-me com as histórias. Dona Carmem encanta-se em contá-las. E as fotografias então? Saudosismo de um tempo não vivido. Aprendi até a fazer “fuxico”. Em tempo: aquele de tecidos coloridos. Artesanato manual, não verbal.
Dias depois um encontro para viver a espiritualidade. Debater com pessoas de outras partes do Brasil, como cada um interage com a religião, espiritualidade e Deus em seu cotidiano. Tendo pessoas de várias idades, foi muito enriquecedor conhecer como cada um exerce a espiritualidade no trabalho, na família, na igreja. Viver em Deus deve ser uma experiência prática, orientação para as decisões de todo dia neste sistema material e capitalista em que está inserido nosso corpo no tempo atual.
O local era um paraíso na cidade de Garuva, visitado por pássaros e lagartos, com um límpido rio atrás dos quiosques da pousada que utiliza recursos ecologicamente corretos, como “telhado verde”, horta orgânica, tratamento natural de esgoto, banho com água do rio, trilhas no rio e comida vegetariana. Internet e celular sem conexão, nem deu para perceber sua falta.
José, o proprietário, abandonou seu cargo como executivo de banco e a cerca de dez anos mantém a pousada que nasceu com uma comunidade alternativa. Os diversos moradores confraternizam o trabalho e a produção local. Pensei no transito de São Paulo. Senti que são felizes. Uma pontinha de inveja é pecado?
Comprei artesanato dos índios que vivem na comunidade, e fiquei feliz por terminar as férias quase da mesma cor que eles. Lindo vermelho. Linda raça abandonada à sorte neste pais sem raízes.
Voltando em outro final de semana, intercalei os passeios de caiaque no mar, o sol, peixe e paisagem maravilhosos da Praia da Enseada com uma visita a dois meio irmãos que não via há anos e estavam em férias na mesma praia com as famílias. Coincidências que só Deus pode propiciar. Um de São Paulo, outro de Joinville. Assim, recebi o convite para visitar outra meia irmã que mora na grande São Paulo e que não foi rejeitada pelos irmãos por ter se tornado homossexual após mais de vinte anos de casamento hétero. Visita que fiz logo que voltei para casa, revendo meu ex-cunhado, cunhada, netos da minha irmã e meu outro irmão com a família, que também foram ao sitio. Um lugar e um dia muito agradável. Demonstração do que é a palavra irmandade. Ampliaram-se para mim os conceitos de família universal e fraternidade.
Férias concluídas, aulas retornadas e novo projeto iniciado. Falta terminar o projeto anterior com prazo prorrogado para março.  O mundo feliz do trabalho. O mundo feliz do lazer. Será que os anjinhos de São Chico poderão me ajudar a fazer acontecer?

Afinal não dá para esperar sentada.
Talvez encontre algumas pedras pelo rio da vida,como dizia o padre Alberto meu marcante ex-professor de Filosofia, mas com um bom Guia, uma forte corda e amigos, nada nos segura. Sendo assim, aguarde cenas dos próximos posts.