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domingo, 22 de maio de 2011

Pensamentos sobre o Brasil- crescimento x desenvolvimento

Amigos,
O Brasil, considerado agora país em desenvolvimento apresenta muitos obstáculos ao seu desenvolvimento de fato. Considero a desigualdade social crescente e falta de credibilidade das instituições públicas, dois dos mais sérios.
Nos anos 70 vivemos o “milagre econômico”, mas não conseguimos manter o crescimento, não alcançamos os países ricos e tivemos décadas de retração econômica nas duas décadas seguintes. Competimos com países com mão de obra barata de um lado, e países de alta produtividade e tecnologia de outro.
O crescimento econômico deve vir associado ao desenvolvimento sustentável e requer medidas efetivas mantidas por longo prazo, para que não seja ilusório e passageiro.
Algumas medidas são: precisamos de instituições que garantam os direitos de todos os cidadãos, de treinar e capacitar nossa mão de obra, investir em inovação e tecnologia, ter empresas transparentes e com responsabilidade social, eliminação da corrupção nas funções distributivas, alocativas e estabilizadoras do governo, clareza na comunicação entre o povo e seus representantes, e relação ética entre o Estado e o capital privado.
O leitor, mesmo aquele não afeiçoado às questões econômicas ou despreocupado com o futuro, pode perceber o quão distante estamos das medidas citadas.
O que temos visto é o descaso do governo no trato das questões éticas que pautaram os noticiários nos últimos anos, agora ressurgido com as denúncias de enriquecimento ilícito do Ministro da Casa Civil.
Antonio Palocci, perdeu o cargo de Ministro da Fazenda 5 anos atrás, por quebra de sigilo bancário do caseiro da mansão onde se reunia com lobistas, atitude imprópria para o exercício do cargo, e está agora, envolvido em faturamento extraordinário em sua empresa de consultoria.
A sustentabilidade de uma nação engloba uma democracia legítima, governos transparentes, confiáveis e creditados.
Embora estejamos apresentando crescimento econômico, nossas mazelas sociais ainda são muitas e estamos longe dos padrões de sustentabilidade no que se refere às atitudes de nossos representantes.

domingo, 15 de maio de 2011

Outra face do preconceito. A satírica "churrascada diferenciada".

Leitores pensadores do Blog Feliz da Vida!!

"Antonio Palocci multiplicou seu patrimônio por 20 em 4 anos", chamada de capa do jornal Folha de São Paulo de hoje me deixou muito indignada.

Mas também me chamou a atenção  a manifestação ocorrida ontem em São Paulo, e escolhi o tema para o blog desta semana.

Uma manifestação organizada por meio das redes sociais reuniu cerca de 600 pessoas para protestar contra a decisão do Metrô paulista de mudar a localização da futura Estação Angélica, em Higienópolis.

O bairro é habitado por pessoas de classe média alta. 3500 pessoas assinaram um abaixo-assinado pedindo para que a estação não fosse construída nesse local. Na ocasião uma das moradoras disse a um jornal que não queria a construção do metrô porque atrairia “gente diferenciada” à região, e suspeita-se que o Metrô teria decidido atender a esse pedido, cancelando a obra.

Segundo o “Blog da Aman” essa ´gente diferenciada’ é a mesma que trabalha em suas casas, dirige seus carros, cuida de seus filhos, dá banho em seus familiares doentes, conserta as torneiras e os portões de suas residências, repõe as prateleiras dos hortifrutis e dos mercados de seu maravilhoso bairro, varre suas sagradas ruas, tira seu lixo e muito mais.”

Dentre as alegações pelas quais a estação não deveria ser construída no bairro estão o aumento do fluxo de pessoas na região, o aumento de ocorrências indesejáveis, o impacto na qualidade de vida dos moradores, e a possível transformação do local em um camelódromo.

Mais do que a justa preocupação com a degradação do entorno da estação, o que se evidenciou foi o destrato das classes sociais mais abastecidas com as pessoas das classes inferiores.  A discriminação ocorre quando se acredita que as classes pobres são inferiores às ricas.

Um dos graves problemas do Brasil, que demonstra a distância em que estamos da sustentabilidade desejada, é o fenômeno da desigualdade social. Muitas são as cifras que separam as classes sociais, formando os dois ‘brasis’, a elite e o povo, do qual os mais abastados preferem distância. 

A manifestação no sábado foi realizada no local onde seria construída a estação, que foi cancelada por motivos técnicos, segundo o metrô. No evento, chamado de “churrascada diferenciada” e classificado em matéria da Folha de São Paulo de hoje, como “ato satírico” os manifestantes trouxeram ingredientes para churrasco, como farofa, frango, queijo coalho e carne, isopores de cerveja, representando os hábitos das pessoas mais pobres. Compondo o cenário foi montado um varal de roupas sujas de um lado a outro na Avenida Angélica, assemelhando o local a uma favela.

Segundo matéria do “Você Reporter” publicada no Portal Terra, houve adaptação da música Vai Passar, de Chico Buarque de Holanda, gerando o seguinte refrão: "Vai passar, na avenida Angélica, o metrô popular, cada novo rico de Higienópolis vai se arrepiar"

As redes sociais tem se mostrado cada vez eficiente em coibir atos e discursos preconceituosos, tais como os recentes ataques do Bolsonaro aos homossexuais, o convite do Kassab para o Marco Maciel ser conselheiro municipal ganhando para isso 24 salários mínimos mensais, os protestos contra a alta no preço dos combustíveis em Campo Grande, os protestos no Oriente Médio objetivando derrubar seus ditadores, entre outros, demonstrando poder para conscientizar e reunir pessoas.

 As redes sociais que tem se transformado na voz do povo e pode inclusive coibir todo tipo de preconceito.

Acessando o link abaixo você poderá conhecer um pouco mais sobre o impacto das redes sociais no caso Bolsonaro


No “Blog Preconceito” tem uma imagem de duas pessoas, ao lado do cesto de lixo. O rico joga nele o lixo, o pobre do cesto retira o lixo jogado.

Outra face do preconceito. O satírico "churrascão dos diferenciados"

domingo, 8 de maio de 2011

União estável para casais homossexuais

Amigos sem preconceito do Blog Feliz da Vida!

Pelos comentários pejorativos que ouço sempre de meus colegas de trabalho e dos meus alunos percebo o quão grande é o preconceito contra os homossexuais.
Preconceito reforçado e até instigado pelos programas de massa na televisão, que apresenta o gay de forma estereotipada e merecedor de risos.

Dentre os princípios do Desenvolvimento Sustentável e Eqüitativo que o Brasil precisa buscar dois me chamam a atenção: satisfazer as necessidades humanas fundamentais e perseguir eqüidade e justiça social.

Segundo o site Cidade do Cérebro (adaptado de "Local Agenda 21 Planning Guide" - ICLEI (www.iclei.org)): "O Desenvolvimento Sustentável é um programa de mudança e aprimoramento do processo de desenvolvimento econômico de forma que ele garanta um nível básico de qualidade de vida para todas as pessoas e proteja os sistemas ambientais e sociais que fazem com que a vida seja possível e valha a pena."

Como todos os cidadãos, os homossexuais pagam seus impostos e cumprem as leis do país, mas não recebem garantia de segurança, vítimas de constantes atos homofóbicos, ou outras garantias legais tais como direito a pensão por separação ou morte, direito a herança ou a liberdade de expressão, o que não torna possível uma vida plena e que valha a pena. Sem contar na opressão e agressão sofrida no ambiente familiar.

Tornando o Brasil um pais mais “Sustentável” de forma a garantir qualidade de vida e proteção às pessoas, sem restrição de gênero, foi julgado por unanimidade nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal lei que reconhecer as uniões estáveis de homossexuais no país.

Segundo o Jornal o Estado de São Paulo, o Estadão, em diferentes matérias publicou:  “Os dez ministros presentes entenderam que casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde.
O presidente da Corte, Cezar Peluso, afirmou que existem similitudes entre casais heterossexuais e uniões homossexuais, não igualdade.
O ministro Luiz Fux, lembrou que homossexualismo não é crença, nem opção de vida. 'Ainda mais se levarmos em conta a violência psicológica e física que a sociedade ainda tem contra os homossexuais'. Para o ministro, se a homossexualidade não é crime, não há por que impedir os homossexuais de constituírem família.
'O homossexual, em regra, não pode constituir família por força de duas questões que são abominadas por nossa Constituição: a intolerância e o preconceito'. Segundo Fux, a Constituição prega uma sociedade plural, justa, sem preconceito, com valorização da dignidade da pessoa humana e destacando que todos os homens são iguais perante a lei.
'A pretensão é que se confira jurisdicidade à união homoafetiva, para que [os casais] possam sair do segredo e do sigilo, vencer o ódio e a intolerância em nome da lei. Assim, a Suprema Corte concederá aos homossexuais mais que um projeto de vida: daremos projeto de vida e projeto de felicidade.'
A ministra Cármen Lúcia, afirmou que 'A forma escolhida para viver não pode esbarrar no Direito. Todas as formas de preconceito merecem repúdio'. A ministra foi enfática ao defender o combate à violência e ao preconceito. 'Contra todas as formas de preconceito há o direito constitucional. [Os preconceitos] não podem se repetir sem que sejam lembrados como traço de momento infeliz da sociedade.
O ministro Ricardo Lewandowski, defendeu que a união homoafetiva estável, deve ser entendida como um quarto tipo de família atualmente, existem a relação de casamento, a união estável e a monoparental.
'Não há como escapar da evidência de que união homossexual é realidade empírica, e dela derivam direitos e deveres que não pode ficar à margem do Estado, ainda que não haja previsão legal para isso.
O ministro Joaquim Barbosa entende que as relações homoafetivas fazem parte dos direitos fundamentais, assim como se deve promover o bem de todos sem preconceitos de raça, sexo, cor, idade e de outras formas de discriminação. 'O não reconhecimento da união homoafetivas simboliza a posição do Estado de que a afetividade dos homossexuais não tem valor e não merece respeito social. Aqui reside a violação do direito ao reconhecimento que é uma dimensão essencial do princípio da dignidade da pessoa humana'. Ele afirmou que 'a Constituição prima pela proteção dos direitos fundamentais e veda todo tipo de discriminação'. Para o ministro, a dignidade humana é a noção de que todos têm direito a igual consideração.
O ministro Gilmar Mendes afirmou que a Corte tem obrigação de dar uma resposta para proteger os casais homossexuais, que ainda são vítimas de preconceito e violência. 'O limbo jurídico contribui inequivocamente para que haja quadro de maior discriminação, até para as práticas violentas que temos notícias. É dever do Estado a proteção e dever da jurisdição dar essa proteção se, de alguma forma, ela não foi concebida pelo legislador'.
A ministra Ellen Gracie, falou: 'O reconhecimento hoje, pelo Tribunal, desses direitos, responde a pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida. O Tribunal lhes restitui o respeito que merecem, reconhece seus direitos, restaura sua dignidade, afirma sua identidade e restaura a sua liberdade'.
O ministro Marco Aurélio de Mello também deu parecer favorável justificado a partir do argumento de que o Estado existe para auxiliar indivíduos a realizar seus projetos de vida, incluindo os que têm atração pelo mesmo sexo.
De acordo com o ministro Celso de Mello, ninguém deve ser privado de seus direitos ou sofrer restrições jurídicas por causa de sua orientação sexual.

Ayres Britto fez um levantamento dos Estados para saber onde a união civil de homossexuais já era reconhecida, e detectou tribunais de dez unidades federativas: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Mais de 20 países de todo o mundo reconheceram a união civil de homossexuais antes do Brasil, incluindo o Uruguai e a Argentina e várias partes dos Estados Unidos.
O ministro Carlos Ayres Britto, lembrou que a Constituição veda o preconceito em razão do sexo das pessoas. Além disso, afirmou que a Constituição, ao não prever a união de pessoas do mesmo sexo, não quis proibir a união homoafetiva. 'Nada mais íntimo e privado para os indivíduos do que a prática da sua sexualidade', disse.
No entendimento do ministro, se a união gay não é proibida pela legislação brasileira, automaticamente torna-se permitida. E, sendo permitida a união homoafetiva, ela deveria ter os mesmos direitos garantidos para as uniões estáveis de heterossexuais. Dois homossexuais, portanto, poderiam ser tratados como família. 'A nossa magna carta não emprestou ao substantivo família nenhum significado ortodoxo', acrescentou. 'Não existe família de segunda classe ou família mais ou menos.'”

Alguns argumentos dos ministros condizem com a definição de sustentabilidade e condizem ainda com a Constituição que garante direitos e proteção para todos os cidadãos e condizem ainda com a Declaração dos Direitos Humanos:
“O reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.”
A família humana independente de ter característica de  heteroafetividade ou homoafetividade.

 Atualização do post em 19 de junho de 2011

Decisão histórica nas Nações Unidas

Conselho de Direitos Humanos aprova Resolução sobre a violação dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)

A Resolução foi apresentada pela África do Sul em conjunto com o Brasil e mais 39 países de todas as regiões mundo, e foi aprovada nesta sexta-feira, 17 de junho, em Genebra, com 23 votos a favor, 19 contra e 3 abstenções. Veja como foi a votação:

A favor: Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Eslováquia, Espanha, EUA, França, Guatemala, Hungria, Japão, Maurício, México, Noruega, Polônia, Reino Unido, Coreia do Sul, Suíça, Tailândia, Ucrânia,Uruguai

Contra: Angola, Arábia Saudita, Barein, Bangladesh, Camarões, Djibuti, Federação Russa, Gabão, Gana, Jordânia, Malásia, Maldivas, Mauritânia, Moldova, Nigéria, Paquistão, Qatar, Senegal, Uganda.

Abstenções: Burkina Fasso, China, Zâmbia

Ausentes: Quirguistão, Líbia (suspensa)


A Resolução pede que a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU encomende um estudo, a ser  concluído até dezembro de 2011, “para documentar leis e práticas discriminatórias e atos de violência contra as pessoas por motivo de sua orientação sexual e identidade de gênero, em todas as regiões do mundo, e para documentar como a legislação internacional de direitos humanos pode ser utilizada para pôr fim à violência e às violações dos direitos humanos cometidas por motivo de orientação sexual e identidade de gênero.”  Além disso, a Resolução pede que os resultados do estudo sejam discutidos durante a 19ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, quando este deverá dar encaminhamento às recomendações do estudo.

Decisão histórica nas Nações Unidas
 
Conselho de Direitos Humanos aprova Resolução sobre a violação dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)
 
A Resolução (texto na íntegra abaixo) foi apresentada pela África do Sul em conjunto com o Brasil e mais 39 países de todas as regiões mundo, e foi aprovada nesta sexta-feira, 17 de junho, em Genebra, com 23 votos a favor, 19 contra e 3 abstenções. Veja como foi a votação:
 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

"País de múltiplos problemas" artigo de Samir Keedi no DCI que deve ser lido

Amigos do Blog Feliz da Vida!

Fico feliz quando um amigo reclama. Se a gente aceita tudo, mais nos é empurrado pela goela abaixo.
Recentemente reclamei de um lanche servido frio e sem gosto na padaria Bella Paulista em São Paulo, me fizeram um novo lanche.
Fui atendida por telefone com displicência pela atendente do Laboratório Lavousier. Reclamei pelo site. Quanto eu estava em Salvador me telefonaram pedindo desculpas, informando que a atendente esta sendo retreinada e supervisionada, garantindo que o fato não voltaria a acontecer.
Nunca mais ocorrerão estes serviços ruins? Claro que não será assim tão simples. Mas a reclamação de cada um pode contribuir para melhoria na forma como nós clientes somos tratados.
Somos clientes dos governos, nas esferas municipal, estadual e federal. Somos também clientes dos orgãos reguladores e do judiciário. Mas temos sido muito mal tratados por eles.

Recebi o artigo do professor Samir Keedi, economista, autor de vários livros em comércio exterior, transporte e logística, membro da CCI-Paris na revisão do Incoterms 2010, "País de múltiplos problemas" publicado hoje no Jornal DCI e indico sua leitura.

Reclamações é o que não falta no artigo, mais do que isso, o autor nos alerta para o modo como somos tratados no exercício de nosso direito de receber da função alocativa do governo.

Me chamou a atenção a frase "É incrível a cegueira, surdez e mudez de um povo." Acesse o link abaixo, leia o artigo para reduzir sua cegueira, e faça comentários para redução da mudez. É preciso coragem moral para mudar o estado do Brasil.

http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=4&id_noticia=372158#d