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terça-feira, 31 de julho de 2012

Aula de marcenaria nas férias

Amigos leitores do Blog Feliz da Vida!

O mês foi de férias. Para quem gosta de trabalhar, prato cheio!

Reformas em casa, afinal, isso requer tempo, dedicação e acompanhamento.  Trabalho com aula de marcenaria embutida, da manhã à noite. Divertimento e relax garantidos.

Internet: esqueci? Jornal: Esqueci? Livros? Esqueci? Como esquecê-los, foram os motivadores das minhas férias. Um estúdio novo! Afinal o anterior não comporta-nos mais, nem a mim, nem às minhas revistas e livros. A estante precisava de reforços. Serviço feito, mas melhor seria fazer uma estante nova em um espaço maior.

Serviço realizado em 10 passos: 1º passo – forro, 2º passo pintura, 3º passo fixar madeiras (devem ser aparelhadas), 4º passo, ficar o balcão, 5º passo, gavetas (uma para pessoa canhota), 6º passo instalar as prateleiras, 7º passo desenvolver uma escada, 8º passo desenvolver uma revistaria, 9º criar uma área para projetos, 10º passo, a iluminação.

 casa1  Antes 4m², 3 semanas depois uma área quadruplicada com a vantagem de ter a companhia da filhinha que antes estudava em seu quarto. Estúdio pronto. Agora teremos onde “estudiar” (com o perdão da brincadeira).

Ainda envernizamos nos quartos as janelas e balcões, e pintamos na sala portas, paredes e janelas. Consertamos umidade, construímos um portão para isolar o cãozinho e uma sapateira gigante para a centopéia.

Com equipe competente o trabalho rende, mesmo que no período de férias. Sobrou vontade. Aprendi a pregar, serrar, lixar, pintar, cortar, parafusar, projetar, criar, melhorei o aspecto do lugar e obtive novas configurações para os espaços, mas o melhor foi ter passado todo o mês das férias, dia e parte da noite com meu irmão Zigors, ”professor de marcenaria”, super criativo e inteligente, e por ter em todos os serviços 2 ou 4 ou 6 ou 8 mãos. Colaboração total de toda a família pelo objetivo comum.

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Precisa de uma estante? Balcão? Bancos? Quer criar um projeto? Aceitamos encomendas.

Serviço entregue no prazo acabou as férias. E as férias? Ainda deu tempo de respirar ar puro nas trilhas e praias de Bertioga.
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 Acho que está na hora de voltar ao trabalho. Fui!

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sábado, 21 de julho de 2012

Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil no ano de 2011

Olá amigos leitores do Blog Feliz da Vida!,

O Governo Federal, em iniciativa pioneira na América Latina, lança pela primeira vez dados oficiais sistematizados sobre violência homofóbica no Brasil, o : “Relatório Sobre Violência Homofóbica no Brasil”, com estatísticas, produzidas a partir de denúncias ao poder público, referentes a violações de direitos humanos cometidas contra a população LGBT em todo o território brasileiro, e às violações veiculadas na mídia (jornais, revistas, Internet, rádio e televisão) durante o ano de 2011.

No Brasil, durante o ano de 2011, foram reportadas ao poder público federal 6.809 denúncias de violações de Direitos Humanos de caráter homofóbico, o que significa uma taxa de 3,46 denúncias efetuadas a cada 100 mil habitantes.

Para os fins do relatório conceitua-se homofobia como preconceito ou discriminação (e demais violências daí decorrentes) contra pessoas em função de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero presumidas.

Segundo o relatório “Tais dados são peça fundamental no enfrentamento à homofobia e às demais formas de preconceito no país... A violação de direitos humanos relacionada à orientação sexual e identidade de gênero presumidas das vítimas constitui um padrão em todo o mundo, envolvendo variadas espécies de abusos e discriminações. Tais violações incluem desde a negação de oportunidades de emprego e educação, discriminações relacionadas ao gozo de ampla gama de direitos humanos até estupros, agressões sexuais, tortura e homicídios, e tendem a ser agravadas por outras formas de violência, ódio e exclusão, baseadas em aspectos como idade, religião, raça/ cor, deficiência e situação socioeconômica (BRASIL, 2007).”.

O estudo tem como base os registros de violência contra a população LGBT feitos em serviços de atendimento do governo, realizada a partir de dados do Disque Direitos Humanos, da Central de Atendimento â Mulher, da Ouvidoria do SUS e de denúncias efetuadas diretamente aos órgãos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Referem-se às violações reportadas, não correspondendo à totalidade das violências ocorridas cotidianamente contra LGBTs, infelizmente muito mais numerosas do que aquelas que chegam ao conhecimento do poder público.

O relatório aponta uma média de 3,9 agressões sofridas por cada uma das vítimas. A vítima não sofre apenas violência física -como socos e pontapés -, mas também psicológica, como humilhações e injúrias.

Em 2011, ocorreram 18,65 violações de direitos humanos de caráter homofóbico por dia. A cada dia, durante o ano de 2011, 4,69 pessoas foram vítimas.

O documento constata que homofobia pode ser mais sentida por jovens e por negros e pardos, o que corrobora estudos que revelam que essa população é a mais atingida pela violência.

Ao se analisar as relações existentes entre suspeitos e vítimas que se conheciam, pode-se perceber, que familiares (38,2%) e vizinhos (35,8%) são os mais frequentes.
42,0% das violações ocorreram em casa – da vítima (21,1%), do suspeito (7,5%), de ambos ou de terceiros. O segundo local de maior ocorrência de violações são as ruas, com 30,8% do total. A homofobia estrutural da sociedade brasileira se verifica em casa e na rua, no público e no privado, vitimando diariamente a população LGBT. 5,5% das violações reportadas acontecera, em instituições governamentais: escolas e universidades foram local de 3,9% das violações, enquanto instituições de saúde, como hospitais e o SUS foram palco de 0,9% das ocorrências, e instituições de segurança pública (delegacias, cadeias e presídios) respondem por 0,7% das violações. Na categoria “outros” está incluída uma variada gama de locais.

Violências psicológicas foram as mais reportadas, com 42,5% do total, seguidas de discriminação, com 22,3% e violências físicas, com 15,9% do total de violações denunciadas. Ressalte-se também o significativo número de negligências (466 violações) e violências sexuais (com 337). Dentre os tipos mais reportados de violência psicológica encontram-se as humilhações (32,3%), as hostilizações (25,9%) e as ameaças (20,6%). Vale notar que o local em que mais foram reportadas violências psicológicas foram as casas, com 36,9% de marcações. O local em que mais ocorrem discriminações reportadas são as ruas, com 33,6% do total de violações discriminatórias. As violências físicas também acontecem mais de casa (45,6% das ocorrências).

Em outra parte do relatório se procede também a análise das violações noticiadas na imprensa durante o ano de 2011, e pode-se notar que foram noticiadas nos principais jornais brasileiros 478 violações contra a população LGBT, envolvendo 478 vítimas e 652 suspeitos, o que aponta o caráter de crime de autoria coletiva de boa parte das LGBTfobias noticiadas. Entre as violações encontram-se 278 homicídios. Mesmo assim, o total de violências que viram notícia é bem menor do que o total de violações que ocorrem cotidianamente no Brasil.

Também o total de notícias relacionadas à violência institucional dizem respeito à homofobia institucional em suas diversas facetas. Entre as violências psicológicas noticiadas, 50% relacionaram-se a ameaças e 50% a calúnia, injúria e difamação. Dentro da violência sexual, encontram-se 83,4% de estupros e 16,7% de exploração sexual.

De acordo com texto do relatório “Toda suspeita de homossexualidade parece soar como uma traição capaz de questionar a identidade mais profunda do ser... No momento em que se pronuncia “veado!”, em geral, o que se faz é mais que especular sobre a verdadeira orientação sexual da pessoa: é denunciar um não-respeito aos atributos masculinos “naturais”. Ou, quando se trata alguém de “homossexual”, denuncia-se sua condição de traidor e desertor do gênero ao qual ele ou ela pertence “naturalmente”. (Borrillo, 2009).”

 O estado com maior taxa de violações denunciadas é o Piauí, com 9,23 violações denunciadas ao poder público. Vale notar que, além do Piauí, o Distrito Federal,Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Alagoas, Rio Grande do Sul e Espírito Santo têm taxas de denúncia superior à do Brasil em geral.

 Em São Paulo as violações denunciadas ao poder público federal foram no total de 1022, sendo 508 na Capital, Itaquaquecetuba 51, Campinas 31, Ribeirão Preto 28, São José dos Campos 27, Salto 21, Águas de Lindóia 21, Guarulhos 19, São Bernardo do Campo 18, entre outros.

Você poderá ler no relatório as tabelas de violações de caráter homofóbico por estado e por município e todos os dados da pesquisa, no link abaixo:


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Flip 10 anos

Amigos leitores do Blog Feliz da Vida,
É uma pena que a Flip seja uma festa que acabe tão rápido. Este ano em função da data pude acompanhar diversas mesas on line, e publico abaixo curiosidades que ocorreram e que segundo minha visão merece compartilhamento.
A mesa “Pelos olhos dos outros” contou com a participação dos escritores Ian McEwan e Jennifer Egan, dois escritores dos mais considerados na lingua inglesa.
Jennifer esteve por 8 horas numa prisão masculina para entender sua estrutura e poder descrever sobre um de seus personagens, um detento, no livro “O Torreão”, que participa de uma oficina literária na prisão.
McEwan conviveu por 2 anos com um neurocirurgião, inclusive assistindo a procedimentos cirúrgicos para pesquisar e descrever uma intervenção cirúrgica no seu romance “Sábado”.
Jennifer, que já ganhou o Prêmio Pulitzer, afirmou que tem-se que conhecer 10 vezes mais sobre o que se vai escrever “para se movimentar bem com o tema”.
Ela pesquisou a relação de adolescentes homossexuais nas redes sociais onde tinham uma vida “fora do armário” em contraste com a vida real onde tinham vidas discretas e “enrustidas”, para entender o assunto e escrever sobre o tema.
McEwan ao responder pergunta sobre a manipulação dos escritores em suas obras, disse que a manipulação não é objetivo fim do romancista, e quando acontece não é sádica. Afirmou que “o escritor lê os outros pelos seus olhos, e que essa é a ferramenta literária do  romance”.
A mesa “A família” contou com as presenças da escritora Dulce Maria Cardoso de Portugal e o brasileiro Zuenir Ventura.
A família é um laboratório do comportamento humano colocou logo no início a escritora citando vários tipos de conflitos que existem nas relações familiares.
A escritora foi advogada durante muitos anos e disse que os casos familiares eram os mais assustadores. “Na família somos formados, informados ou deformados” citou.
Durante a mesa a autora comenta que a família está em estado de mutação, antes os casamentos eram arranjados pelos pais, havia o casamento empresarial de famílias numerosas, muitos filhos para trabalhar na propriedade rural dos pais, hoje temos todos os tipos de famílias constituídas pelos filhos do divórcio, e casamentos entre iguais nas relações homossexuais, enfim, a família está ganhando nova configuração.
O desafio atual da família, além de satisfazer as necessidades da sociedade, é a de ser o lugar de proteção, onde o amor permanece. A família vista como casa não como prisão.
“Há certa impunidade no interior das famílias”, comentou, afirmando que seus personagens no livro “O retorno” não existiriam sem esse sistema familiar complexo, onde se tenta equilibrar as diferenças de poderes e dependência.
Zuenir Ventura, autor do romance “Sagrada família” afirmou que os preconceitos, tabus e estigmas definiam o comportamento das famílias retratadas em seu livro, cuja história acontece na década de 40, quando a família era patriarcal e a mulher nao tinha poder.
Em seguida ocorreu a mesa “O avesso da pátria”.
O escritor Haitiano Dany Laferrière conta que fugindo da ditadura saiu do Haiti em 1976 para o Canadá, trabalhou 6 anos em uma fábrica como operário, e nos dois primeiros anos não teve onde morar.
Sua mãe que era pobre, pouco estudada, mas que lia muito, o presenteou com o livro “Dom Quixote” em seu aniversário de 12 anos, introduzindo-o no mundo da literatura.
Querendo compensar sua mãe pela boa educação que lhe dera comprou uma máquina de escrever e começou seu primeiro livro, hoje tem 25 livros publicados. “Meu livro é uma máquina contra a ditadura haitiana”.
Sobre a literatura e o processo criativo, ponderou que “o mais difícil é ser simples, produzir coisas muito sutis e muito ricas”.
Com ele estava debatendo a escritora cubana Zoé Valdez, opositora do regime de Fidel, desde 1995 exilada morando em Paris, falou de liberdade, justiça e cultura. No seu livro “A eternidade do instante” a protagonista se chama Pátria. “Toda noite quando sento em meu computador volto mentalmente para Cuba”.
Quando seu livro “O todo cotidiano” foi publicado na França em 1995, o governo cubano disse-lhe para não voltar. Ficou em Paris.
Lembrou que quando criança a leitura era sua ferramenta para sair do lugar onde estava. “O endereço da liberdade é o lugar do leitor e do autor. Somos animais leitores e essa leitura por suas informações permeiam a realidade do cotidiano”.
Citou José Martí, intelectual cubano do século XIX: “A literatura é uma viagem extraordinária”.
Esclareceu que o escritor não escreve através de si mesmo, mas escreve tudo que ouve.
Depois, Enrique Vila-Matas proferiu uma conferência com base em seu romance “Ar de Dylan”
Refletindo sobre o colapso da literatura falou que há mais escritores que leitores no mundo de hoje, mas o que me chamou mais atenção foi quando falou da contradição entre escrever ou parar de escrever, entre ser reconhecido pelas suas obras ou se manter escondido.
Segundo sua opinião um escritor é para ser lido e não para ser visto.
Fala da simplicidade dos temas. Desde quando uma corrente de ar pode ser tema de um romance e aceito pela crítica? Seu livro foi aceito. Seu protagonista é um escritor de meia-idade que comparece a uma universidade suíça para tomar parte em congresso internacional sobre o fracasso. Lembrou do medo que sentiu na véspera do lançamento do livro.
Ainda falou que não poderemos observar uma escrita leve se não percebermos a literatura pesada, e que escrever o tempo todo sem descansar, sina dos escritores, “é uma desgraça”.
Quando escreve conversa com a literatura, com a leveza, com a imaginação, e sente que vai escrever sempre, sempre, sempre, “para ser fiel a mim mesmo”.
A última mesa do sábado foi uma surpresa, contou com a presença dos cartunistas Laerte Coutinho e Arnaldo Angeli que falaram sobre humor, charges, quadrinismo, e de suas dependências dos personagens, e o momento de se desligar deles.
Laerte respondeu a perguntas sobre seu transvestimento, por usar nos últimos anos roupas feminina. Ele é praticante do crossdressing.
Angeli falou sobre o envelhecimento e do processo de esquecimento pelo qual está passando.
Laerte contou de uma vez que desenhou uma tirinha de um matador com mal de Alzheimer que esquece quem devia matar. Leitores que tinham familiares com a doença protestaram.
Outra vez ele desenhou uma tira sobre um suicida, e a mãe de um jovem que havia se suicidado se sentiu ofendida.
Angeli contou que está perdendo a memória recente. “Fumei muito orégano na vida”, brincou.

Você poderá ler resumo das mesas e outros eventos no link oficial http://www.flip.org.br/http://www.flip.org.br/    

quarta-feira, 4 de julho de 2012

FLIP 2012

 

Olá amigos leitores do Blog Feliz da Vida!

Hoje começa a Festa Literária de Parati, a FLIP 2012.

O evento é dividido em Flip, Flipinha e Flipzona.

A Flip comemora 10 anos com a exposição “Faces de Drummond”, que explora a obra e a vida do autor homenageado deste ano.

Composta de uma conferência de abertura e 20 mesas que reúnem escritores, cineastas, quadrinistas, historiadores, jornalistas e artistas plásticos, entre outros. Todos os eventos são transmitidos ao vivo pela internet.

A Flipinha é o lado educativo da festa, voltado ao público escolar da cidade, estudantes e professores, com incentivo à leitura dentro e fora da sala de aula com atividades educacionais durante todo o ano:

A primeiro mesa será na quinta. Após as mesas os autores realizarão leitura e autógrafos na Biblioteca da Flipinha.

A Flipzona é voltada para os jovens entre 14 e 19 anos:

A primeira Mesa com autores foi hoje as 8h30 – Amor e outros mistérios, com as escritoras Georgina Martins e Eliana Martins, que abordaram o tema “relacionamento”. Segundo o blog oficial:

“As palestrantes falaram de vários temas. Elas lembraram que não existe nada de incomum ter do seu lado a pessoa que você ama, seja ela do mesmo sexo ou não, e que nenhum tipo de preconceito nos dias de hoje deve ser tolerado.”

 

Você poderá acompanhar a Festa pelo blog: http://www.flip.org.br/blog.php

Pelo Facebook: http://www.facebook.com/flip.paraty