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quinta-feira, 27 de junho de 2013

O povo acordou! E os Direitos Humanos?

Leitores despertos e acordando do Blog Feliz da Vida!

Neste momento de profunda reflexão, objetivada em construir pautas coerentes e exequíveis para a garantia de um futuro próspero e mais equitativo para todos os brasileiros, indico para leitura um texto esclarecedor sobre as políticas de Direitos Humanos, no contexto político nacional.

Trata-se de publicação no site da Conferência Nacional: uma nova política externa, que ocorrerá em julho.

O texto publicado  por Le Monde Diplomatique Brasil em janeiro, escrito pelas professoras Deisy Ventura e Rossana Reis da USP, elucida que entre as décadas de 60 e 80 as esquerdas tinham forte luta pelos direitos humanos, porém, tendo chegando ao poder, consideram-na um estorvo e oposicionista reduzindo sua importância no “projeto de transformação social”.

A matéria comenta algumas das principais objeções que uma parte das esquerdas brasileiras tem feito às reivindicações baseadas nos direitos humanos, alguns argumentos transcritos em parte:

Os direitos humanos são burgueses.

...Nenhum sistema político pelo qual vale a pena lutar pode prescindir do respeito à dignidade humana e do feixe de direitos que dela deriva.

Os direitos humanos são uma invenção ocidental, e a política de direitos humanos no plano internacional é uma forma de imperialismo.

...Ao longo dos séculos, o conceito da igual dignidade dos indivíduos em liberdades e direitos mobilizou, no mundo inteiro, grupos e agendas muito diversificados. ... Portanto, sua origem histórica e cultural não deve ser vista como um pecado original...

Incorporar a agenda de direitos humanos na política externa seria fazer o jogo dos Estados Unidos nas relações internacionais.

Os Estados Unidos são grandes objetores e violadores do direito internacional. Por exemplo: ... mantêm aberta a base de Guantánamo, em Cuba, ...os casos das intervenções no Iraque e no Afeganistão. Na Líbia, em 2011...o uso da força ... com base no princípio da “responsabilidade de proteger”. ... ao mesmo tempo que dá guarida a graves violações de direitos humanos no Barein, na Síria e no Iêmen. Segundo o presidente Barack Obama, os Estados Unidos devem intervir, coletiva ou unilateralmente, quando seus “interesses e valores” forem ameaçados, sem preocupação com a coerência.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) praticou uma ingerência inaceitável nos assuntos internos brasileiros no caso Belo Monte.

A oposição à construção da usina é promovida pelos Estados Unidos. ...A oposição à hidrelétrica de Belo Monte é legítima e genuinamente brasileira, vinculada à luta histórica pelos direitos dos povos indígenas e pela preservação do meio ambiente.

Impor condicionalidades em termos de respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente nos empréstimos concedidos pelo governo brasileiro a outros países é um tipo insuportável de interferência e uma forma de imperialismo.

Na década de 1970, uma importante conquista da sociedade norte-americana foi a exigência de que os países beneficiados por empréstimos respeitassem determinados padrões de cumprimento de direitos humanos...No contexto atual, em que bancos e agências do Estado brasileiro se tornam importantes fontes de financiamento de obras de infraestrutura na América Latina, é importante que os empréstimos concedidos e os acordos de cooperação incorporem a exigência de respeito aos direitos humanos.

Direitos civis e políticos são de direita, direitos econômicos e sociais são de esquerda.

...A identificação de alguns direitos com a direita e de outros com a esquerda... aproxima-se perigosamente da justificativa apresentada pelos generais-presidentes brasileiros aos organismos internacionais, quando interpelados sobre as frequentes violações cometidas em nome da segurança nacional. Para eles, os avanços na área de saneamento básico, habitação e saúde constituíam a política brasileira de direitos humanos, enquanto as denúncias sobre torturas, prisões arbitrárias, assassinatos e desaparecimentos faziam parte de um complô comunista mundial.

O desenvolvimento é mais importante para as pessoas do que o respeito aos direitos humanos. ... o contexto econômico não pode servir de justificativa para o atropelamento de direitos humanos, sob pena de produzir, mais uma vez, um crescimento econômico que não se traduz em uma melhora real e equitativa do panorama social brasileiro.

O combate à miséria é a forma mais efetiva de combater a violação dos direitos humanos.

O combate à miséria é parte fundamental de uma política de direitos humanos. Mais do que isso, podemos afirmar que, sem uma política de erradicação da miséria, a promoção dos direitos humanos está fadada ao fracasso.

O respeito aos direitos humanos é uma etapa já conquistada no Brasil.

Atualmente, nosso problema seria a falta de meios, não a falta de consenso em relação aos princípios. Esperava-se que os direitos humanos alcançassem lugar de destaque na agenda política pós-redemocratização. Seria o momento de generalizar o acesso a esses direitos (prioridade de investimento em políticas sociais) e de afirmar a cultura dos direitos (os bens da vida não constituem privilégios de alguns, nem assistencialismo).

Não são pontos muito importantes que merecem nossa consideração e reflexão?

Ao final do texto as autoras chamam a atenção para uma situação extremamente crítica e atual no Brasil: a existência de grupos e partidos militando contra direitos fundamentais, inclusive os já legalizados. Lembrando que nas últimas eleições foram tratados pelos candidatos temos como tortura, aborto, sexualidade, entre outros.

Estamos vivendo um momento histórico ímpar, cidadãos de todos os lugares e classes gritam em uníssono que “o povo acordou”. Ainda com base no texto, ressalto que esta luta não poderá levar à mudanças que não contemplem respeito às diversidades de etnias, gênero e orientação sexual:

“Iniquidades e discriminações que envolvem questões de gênero, cor, orientação sexual, regionalismo e xenofobia exigem ações específicas. Uma sociedade menos desigual em termos econômicos não é sinônimo de uma sociedade que respeita igualmente os direitos humanos de todos os seus cidadãos. Quando a inclusão social se opera essencialmente pelo aumento do consumo, toda sorte de egoísmo pode ser favorecida.”

Leia o artigo completo no link Direitos Humanos

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O povo pediu passagem, e conseguiu! Viva a copa das manifestações!

Amigos protestadores do Blog Feliz da Vida! Vivemos momentos cruciais para a história brasileira. Temos nos manifestado neste blog contra as injustiças e a favor da paz, ao longo dos anos de postagens. Obrigada pela leitura constante e pelos leitores que nos acompanham. Que possamos continuar protestando juntos por meio desse canal.

As Jornada Mundial da Igreja Católica, Copa das Confederações e proximidade da Copa do Mundo, são momentos de visibilidade para o Brasil no restante do mundo, que tem assistido multidões de pessoas nas ruas requisitando direitos há muito perseguidos - não é direito à samba, mulata, futebol e prostituição infantil. As reinvidações são por educação, saúde, respeito, impostos justos, dignidade humana, transparência, etc.

A pauta é ampla, não temos liderança, os movimentos são isolados, e ainda não temos prática em lutar pelos nossos direitos, mas nossos políticos que de cara não entenderam nada, quando o povo acordou, acordaram assustados! Se tiverem conseguindo dormir!


Pessoalmente tenho participado de manifestações contra corrupção e discriminação, e a favor de melhor educação faz tempo. Nos últimos dias uma quantidade sem conta de pessoas fazem o mesmo, o que muito me anima, por se assemelhar às manifestações pelas “Diretas Já” e “Fora Collor” das quais participei quando tinha a idade da maioria dos manifestantes dos protestos atuais.

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É possível eu ser a favor dos protestos e também propagar a paz, não são excludentes, pelo contrário, o grito dos massacrados, injustiçados e excluídos fica mais forte nas frases “sem violência” e recebem mais aceitação pública do que atos de violência e destruição, que muito me entristece, como me entristece ter havido mortos nos confrontos.

Como administradora, me entristece ver que os protestos estão espalhados por todo o território e os cabeças da nação não se manifestarem. Legislativos, executivos e nossa presidenta não deveriam falar especificamente sobre o assunto em cadeia nacional, se posicionando e respondendo ao povo? Me entristece alguns desses cabeças serem políticos que não merecem estar nos postos chaves do poder, senão em outro tipo de cadeia.

Entristece-me repórteres feridos nos eventos, e uma parte da mídia ser sensacionalista ou manipuladora ou conservadora.

Mas me alegra e orgulha ver meus alunos, amigos e sobrinhos participando com ânimo pela busca de um melhor futuro.

A passagem de ônibus baixou - algo que não acreditei no início dos pequenos protestos – mas seu agigantamento aumentou a passagem do povo pelas ruas – poder no qual acreditei sempre!

 Passe livre

As manifestações podem até parar, mas as pessoas aprenderam que se desejarem poderão se mobilizar com muita rapidez e vão usar este poder quando desejarem.

Torço há anos para que esse poder seja usado nas urnas para uma escolha melhor de nossos representantes, e torço para que novas lideranças e novos políticos surjam para substituir aos atuais que não nos representam.

Justiça eleitoral é haver candidatos que representem seus eleitores, é princípio da democracia. Ainda não temos muitos com essas características por aqui.

Todavia, creio termos à partir de agora políticos cônscios do poder do povo e que mudarão suas posturas, mesmo que em função de manter seus empregos. Ou mudam ou morrem na cena política. Oxalá!

Torço para que tudo isso termine em paz! Torço para que as próximas até às últimas manifestações sejam sem violência! Torço para que os partidos oportunistas não consigam manipular as pessoas! Torço para que os jovens se politizem e se envolvam com os assuntos da nação desde agora! Torço por novos candidatos nas próximas eleições.

Torço por mais educação como instrumento para promover boa parte desses meus anseios. Conheço jovens que não conhecem a história recente do país, ditadura, repressão, imprensa manipuladora, desaparecimento de políticos e outros protestadores, democracia, etc.

A educação em geral está indo cada vez pior. Leia retrato da educação no post de minha colega Andrea Ramal em seu blog Diplomas de areia

Oro para que “Haja paz dentro dos teus muros e segurança nas tuas cidadelas!" (Salmos 122:6)

domingo, 16 de junho de 2013

Entrevista sobre educação e desigualdade de renda–dica de leitura

Amigos leitores do Blog Feliz da Vida! Feliz por ser hoje um dia direcionado à paz e à manifestação em São Paulo. Que a paz e a justiça se encontrem e se beijem.

Li uma entrevista muito pertinente na “Entrevista da 2ª” do Jornal Folha de São Paulo por Erica Fraga.

Intitulado “Educação explica 100% da desigualdade de renda” o tema é tratado de forma bastante concreta pelo Professor Doutor Alexandre Rands, Economista pernambucano sobre educação e desigualdade no Brasil. É bom ver o tema pelo prisma de um nordestino educador.

No post ele comenta que gastamos muito com políticas que não são adequadas, como financiamentos para investimento de empresa e subsidiando crédito, sem uma política para mudança nos desequilíbrios regionais.

Segundo o professor " Atrasos educacionais explicam 100% das desigualdades de renda entre diferentes regiões do Brasil…Famílias em que os pais têm maior capital humano tendem a ter mais recursos para investir na educação dos filhos". Bem de acordo com a noção de Capital Intelectual de Pierre Bourdieu.

Ainda comenta que a remuneração por mão de obra qualificada continua sendo muito alta no país. Portanto, as regiões em que há gente com menos qualificação continuam com renda per capita muito mais baixa.

Qual seria a soluçâo?  Mudar o nível médio de educação - considerando qualidade e quantidade da educação - nos municípios.

Explicando que há na economia quatro fatores de produção: capital físico, capital humano, trabalho e recursos naturais,  afirma que os mercados para capital físico, trabalho e recursos naturais funcionam razoavelmente bem, “o que não funciona é o capital humano”.

Essa desigualdade desperdiça muito talento potencial, prejudicando o crescimento da economia.

Vale à pena ler todas as perguntas e respostas postadas hoje no Jornal Folha de São Paulo, no link Entrevista

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Comércio exterior para evolução do Brasil-artigo Samir Keedi

Amigos leitores do eclético Blog Feliz da Vida!

Oportunamente tenho indicado artigos publicados em canais diversos. Não será diferente neste post, porém de carater especial por indicar artigo publicado por um professor amigo, Samir Keedi, economista, consultor e professor da Aduaneiras e autor de diversos livros em comércio exterior. 

Ele é o entrevistado deste mês, na questão comércio exterior, logística, transporte e infraestrutura na revista da CNT - Confederação Nacional do Transporte, como consultor da Aduaneiras, com direito a dizer o que desejasse, e assim foi feito e publicado.

O professor Samir também está na capa da revista, no rodapé, com a chamada da entrevista. Acesse o site da CNT e clique na imagem da revista.
 
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Aparecerá a capa pequena, mas é só dar um click nela para aumentar.
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Depois  é só clicar nela para navegar pelas páginas da revista no formato eletrônico. A entrevista está nas páginas 8 e 9.
 
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O entrevistado fala da vontade (ou falta dela) dos políticos, custo brasil, problemas na infraestrutura (não só logística, infelizmente), de ferrovias, portos e futuro do Brasil.

Recebi sua permissão para postar o link da entrevista, do contrário muito me entristeceria pois perderíamos a oportunidade de ouvir opinião sincera de um especialista. Estou um pouco cansada de opiniões infundadas.

 Leia a entrevista no link ao lado: Entrevista-Revista CNT  Boa leitura! Samir, obrigada!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Show de Solange Kei na FNAC Pinheiros–SP

Amigos leitores divertidos do Blog Feliz da Vida!

Uma dica de programa especial para este domingo.

Será um show dos meus amigos Solange e Flávio. Estão todos convidados.

Segundo divulgação da livraria: A cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora Solange Kei faz o lançamento de seu primeiro álbum solo.

Voltado ao público infantil, com canções alegres e modernas, ela promete colocar a criançada para pular e dançar!

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As letras foram inspiradas nos livros de Flávio Colombini, que além de autor é também diretor de cinema, vencedor do prêmio de melhor curta infantil no Festival de Florianópolis.

Os livros de Flávio Colombini muita gente já conhece. Eles estão à venda também nas máquinas de livros do Metrô de São Paulo.

Eu já lí, e vi seus filmes, são muito bons!
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Domingo, dia 16 de junho de 2013 15:00 FNAC Pinheiros – SP

Praça dos Omaguás, 34, São Paulo, São Paulo, Brasil

Veja os livros no link Produções do Flávio

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Fórum do Comitê da Cultura de Paz – Os impactos do modelo de desenvolvimento na dignidade humana

Amigos do Blog Feliz da Vida! Recebemos novamente convite da Associação Palas Athena para o próximo fórum, o 105º, parceria UNESCO – Palas Athena. Transcrevo-o:

 

Os impactos do modelo de desenvolvimento na dignidade humana
– interculturalidade e construção de novas sociabilidades
como antídoto à violência estrutural –

A violência pode manifestar-se de muitas e diferentes formas – nem todas explícitas ou evidentes à primeira vista. O modelo de desenvolvimento que um país adota, por exemplo, pode constituir-se, paradoxalmente, num vetor de violência – tanto por conta das representações hegemônicas que aciona e disssemina no tecido social, quanto pela naturalização de hierarquias que estabelece. As ideias de progresso e desenvolvimento não raro transformam-se em desrespeito à diversidade e às diferentes temporalidades que marcam as formas múltiplas de organização da vida. O pensamento moderno ocidental – que, segundo Boaventura de Sousa Santos, opera por linhas abissais – fundamenta e legitima esta violência estrutural, encarregando-se de não só definir as experiências e saberes válidos como também classificar todo o resto como irrelevante.
Tendo em vista este panorama, o 105º Fórum do Comitê da Cultura de Paz tem por finalidade discutir a violência intrínseca ao modelo de desenvolvimento neoextrativista que a globalização hegemônica tem disseminado nos países latino-americanos. Neste sentido – e tendo por base de reflexão os conceitos de fascismo social, sociologia das ausências e linha abissal de Boaventura de Sousa Santos –, procuramos refletir não só sobre as hierarquias hoje estabelecidas entre diferentes saberes, temporalidades, escalas e perspectivas de produção, como também sobre o impacto destas hierarquias na dignidade humana. O consumo desenfreado aparece, nesta discussão, como marcador social que naturaliza a violência, ao estabelecer e mesmo fomentar uma hierarquia das diferenças (seja de classe, etnia/raça, gênero, orientação sexual etc).
Tendo a dignidade humana como elemento central neste debate, procuramos refletir também sobre o papel das novas sociabilidades na luta contra a violência promovida pelo modelo de desenvolvimento. Estas novas sociabilidades – que não desviam necessariamente do conflito, mas se alicerçam, ainda assim, em novas formas de convivência e solidariedade –, ressignificam o debate em torno dos conceitos de paz, dignidade e luta. Fica a pergunta: tendo em vista que a linha abissal promoveu fissuras históricas, mantendo feridas abertas no tecido social, que sentido de paz é possível? Em que medida a tradução intercultural – no diálogo com a diferença e no reconhecimento da incompletude intrínseca a cada uma das partes – permite ultrapassar a linha abissal? E como as diferenças se podem articular contra a injustiça social e cognitiva, na perspectiva de garantir os direitos econômicos, sociais e culturais que o modelo de desenvolvimento permanentemente nega?

Com Profª Dra. Luciane Lucas dos Santos, doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, pesquisadora pós-doc no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (Portugal), sob a supervisão do Prof. Dr. Boaventura de Sousa Santos. Sua pesquisa está relacionada aos seguintes temas: teoria crítica do consumo, economia solidária, redes solidárias de trocas e economias originárias campesinas.

11 de junho de 2013 • terça-feira • 19 horas
Auditório do MASP ▪ Museu de Arte de São Paulo

Av. Paulista, 1578 - São Paulo/SP - Estação Trianon-Masp do metrô

Nos vemos lá!