Seja Feliz!

Agradeço a sua visita e desejo que você seja muito feliz!
Leia os posts anteriores publicados em
http://malves.blog.terra.com.br/ .

terça-feira, 15 de outubro de 2013

15 de outubro–Dia do professor

Amigos leitores felizes desse blog, o Blog Feliz da Vida! que reclama, que contesta, que concorda e que hoje homenageia.

Faço uso desse post para recordar dos meus queridos e dos não tão queridos professores. Como sempre gostei de estudar, e estudo ainda, e creio não irei parar tão cedo, tive muitos.

Ainda recordo com carinho da minha primeira professora no primeiro ano primário. Dona Benedita. Carinho em forma de gente. Doce e afável. Se era boa professora não sei, mas sei que era carinhosa e me fez muito bem! No meio do ano sofreu um acidente de carro e foi afastada. Voltou com o rosto todo costurado. Lembro que chorei, a sala chorou, e ela também, quando foi nos visitar durante sua recuperação.

No segundo ano tive a Dona Neuza, um verdadeiro terror! Como eu escrevia com o lapiz entre os dedos “errados” apanhava na mão de régua, para pegar o lapiz nos dedos “certos”. Eu era birrenta não quis aprender. Nas reuniões de pais e mestres eu ficava tomando conta das filhas dela, eram gêmeas. 

Terceiro, um vazio.

Quarto ano teve a Dona Querubina. Espetáculo! Ela era enorme! Pelo menos parecia à época quando eu era pequenina e magra. Gostava muito de mim, e até me convidou para a festa de seu casamento, que eu não poderia contar para o restante da classe. Me arrumei no sábado à noite e fui. Chegando lá olhei de fora, muita gente bonita e arrumada. Fiquei com vergonha, eu era pobre, e não entrei. Ela ficou triste quando lhe contei depois.

Daí veio o ginásio e passei por vários. O Daniel de Matemática, ninguem gostava dele, não sei se por ser magrelo, cabeludo e feio, ou por ser professor de matemática. Namorava a professora mais bonita, a de História, Ana Maria. Ela tinha um carro SP2. Moderno pacas!

Tive uma “louquinha” de Educação Artística, mas eu não tinha jeito para as artes. Me dei bem no teatro, e apresentei uma peça com meus colegas no Teatro da Moóca, era a história de São Francisco, e com todo meu talento, representei uma flor. É, não falava nada! Quando a cortina se abria para iniciar o espetáculo e ao final antes de cerrá-las, havia um canteiro de flores, todas vestidas com maiô, meia e sapatilhas verdes de bailarina, para representar o caule, e na cabeça cartão colorido em formato das pétalas. Dançávamos uma musica sem sair do lugar. Segundo minha vizinha a Roselí, que já tinha 15 anos na época, eu fui a pior de todas as flores,  “dura e sem molejo”. Uma adolescente pode ser cruel. Ou seria inveja? Não, eu devia ter sido ruim mesmo pois ficava na última fila. As fileiras da frente sempre é para quem dança melhor. Tá né!

Adorava as aulas de Organização Social e Políticas Brasileiras, OSPB, que vigorou durante o Governo Militar nos anos da repressão e ditadura. Não sabia que era a forma do governo manipular minha opinião. Embora me julgasse tão inteligente, eu sabia tão pouco!

Da professora de português, eu não tive do que reclamar. Dona Ivani. Perfeita! Os alunos liam um livro e o contavam para o restante da classe, em pé, na frente da sala. O povo tinha pavor! Eu adorei! Contei “Capitães de Areia” de Jorge Amado, com os pormenores de quando ela perde a virgindade no barco, as crianças congelaram. Talvez aí tenha percebido meu poder de magnetizar a platéia. Lembro bem desse dia. Bem como do dia em que lí uma redação sobre uma palavra a ser encontrada no dicionário, que empreguei elogiando a professora. Passei uma tarde inteira fazendo a lição de casa, mas confesso, ficou linda demais. Ela até chorou. Não sei se com o elogio ou pela qualidade da minha lição. Eu me emociono quando meus alunos fazem um trabalho com excelência.

Geografia? Tinha que colocar papel de ceda sobre o desenho e copiar os mapas, depois colorir e colocar os nomes dos estados. Meu Deus! Hoje se busca a imagem no Google, imprime e entrega para o professor. Nem ao menos os alunos se dão ao luxo de ler! Eu aprendí Geografia.

No colegial, o professor de Matemática era apelidado de “Tigre da Mala Preta”, pois usava somente roupa preta e uma mala 007. Apavorante! O de História era bem mais velho que os demais, já idoso, tive dificuldade na matéria. Foi a única vez que tive dificuldade com uma disciplina. O professor era distante, e eu gostava de professor presente.

Me lembro mais dos colegas do que dos professores nessa fase. Claro! Eu era adolescente, estava mais para os amigos e as descobertas. Quantas!

A faculdade, a pós e a especialização também teve seus mestres, bons e não tão bons, mas paro por aqui pois já extrapolei o limite proposto por post. Apenas garanto que aprendí muito.

Aprendí História, Psicologia, Custos, Administração, Informática, Projetos, Sociologia, ao longo dos últimos anos. E aprendí a valorizar os professores que durante todas essas décadas fazem parte da minha vida, fazem parte da minha história, mesmo que esquecida pelos caprichos da memória, que seletiva, escondeu os nomes da maior parte dos professores e das coisas que vivemos juntos.

Eles não sabem quem sou eu hoje, muitos com certeza já morreram, mas cada um deles teve papel importante para formar o meu eu, desenvolver alguma aptidão, um traço de minha personalidade.

A escola para mim era o melhor lugar do mundo, eu adorava ir para o Maria da Glória, para o Caetano de Campos, para a São Judas, o IBTA, a PUC, como adoro ir para a Metô agora.

Em cada disciplina um mestre, em cada lição um ser humano, em cada frase deste post uma homenagem e minha gratidão por tudo o que meus professores, cada um e todos, representam na minha trajetória de vida!

Obrigada, obrigada, obrigada!Papel de Parede do Windows Live Galeria de Fotos

Da aluna,

Maisa