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domingo, 10 de julho de 2011

Correio Elegante e as facetas do amor

Amigos leitores do Blog Feliz da Vida!
Fiz o papel de pombo correio na Festa Junina, vendendo os correios elegantes e entregando para os destinatários. Foi tão divertido que terminei a noite rouca, mas satisfeita com o trabalho. Coisas muito simples podem me fazer feliz!
Partilho algumas curiosidades sobre a alma humana.
Um homem escreveu o correio ao lado da destinatária - difícil saber se esposa ou namorada – e para brincar mandou me dar uma volta no salão e apontou ao leu dizendo: “para aquela de vermelho”. Sinalizou que depois eu entregasse para sua acompanhante. Sai e dei a volta solicitada. Mas acho que ela não entendeu o espírito brincalhão do marido e quando voltei nenhum dos dois estava no local. Fico imaginando que ela teve uma crise de ciúmes, saiu batendo os pés, e ele correndo atrás se explicando. Será que conseguiu perdão? Engraçado se não fosse trágico!
Outro caso inusitado foi o do marido (acho) que disse na frente da mulher que ela não estava merecendo um coração. Constrangedor!
Mas foi maior a quantidade de mulheres que demonstraram sua raiva pelos maridos. “aquele? Jamais! Ele prefere o bar (ou futebol) a mim.”
Tinha também um grupo de mulheres “sem parceiros”. A cada vez que eu passava imploravam para receber um correio. Não foi desta vez que desencantaram, mas rimos muito com a brincadeira.  Tem muita gente simpática espalhada por aí. “Antes só que mal acompanhada.” Disseram ao final. Será que teriam opinião diferente se tivessem ganhado um correio?
Teve um rapaz que não respondeu a dois correios enviados pela namorada, e ela passou a noite indo atrás de mim, para saber se teve resposta. Confirmei que entreguei, mas ela duvidara  pois ele não fez menção ao assunto. Imagino que ela não assinou e ele deve ter pensado que era de alguma admiradora anônima e escondeu da namorada.  Engraçado quanta coisa se pode concluir. Santa imaginação!
O mais encantador da noite foram as declarações verdadeiras de amor.  O amor explicitado no coração vermelho de papel, decorado com flores de biju. Dava para sentir quando havia amor na relação. Um dos dois (marido ou mulher) ia atrás de mim escondido para comprar e escrever o bilhete. Pareciam crianças aprontando. Alguns se escondiam no banheiro e eu esperava do lado de fora. Ansiosa como eles!
O momento da entrega era o melhor. Quando o remetente está na mesa ele fica todo empertigado, olhando a reação do destinatário. Claro que eu chegava fazendo grande algazarra para todos na mesa saberem que alguém lá recebeu um bilhete de amor. A pessoa se sente inflada com isso. Ao receber o bilhete tem a atenção de todos para si. Todos observam sua reação, que normalmente é de grande alegria e ternura, geralmente com beijos apaixonados.
Teve um senhor tão idoso que sua mão tremia ao escrever o correio. Pareceu-me emocionado dizendo que há anos não participava desta brincadeira. Quando ela recebeu, ficou sobremodo surpresa, tanto que não pegava o coração da minha mão, desacreditada. Quando por fim o leu, desmanchou-se de sorrisos;  trocaram um olhar muito terno  e seguram um a mão do outro com tanto afeto que me emocionei com a beleza do amor, sem idade!
Imaginei que quando eu tiver a mesma idade, espero sentir por alguém o mesmo amor e com a mesma profundidade.
Para alguns sugeri levar o coração para casa e colocar no travesseiro do amado na manhã seguinte. Fiz muita gente feliz, e despertei em alguns paixões adormecidas com a brincadeira singela do bilhete de amor.
Em tempo: Recebi um coração com uma declaração lindíssima também.

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