Seja Feliz!

Agradeço a sua visita e desejo que você seja muito feliz!
Leia os posts anteriores publicados em
http://malves.blog.terra.com.br/ .

domingo, 29 de janeiro de 2012

Amanhecer no "Vale do Sol"

Amigos do Blog Feliz da Vida!   
O céu do interior é azul, com nuvens brancas. De manhã é laranja com tons de cinza arrodeando o horizonte.


O galo canta insistente misturando seu canto ao das andorinhas tanto serelepes quanto ruidosas. O pio do beija-flor, sorvendo do vermelho da “escova de garrafa”, é abafado pelos gritos das maritacas. Currupaco! Uma canta do telhado onde acorda. Grump! Responde sua dupla na árvore mais próxima. No forro do telhado passos surdos se ouve dos demais da espécie. Estão acordando! O que fazem na cobertura enquanto andam tanto?
Mais duas andorinhas voam pelo céu. Uma só, “não faz verão”!  Tal qual o pássaro preto que voa em par. O anu, em trio. O casal e o filhote pousados sobre o teto da casa das bombas.
Na árvore central, localizada em meio às hortaliças e hortênsias, um vai e vem frenético: pássaros de todos os portes, cantos e cores passam por ali, talvez para uma breve espreguiçada. Pousam, e logo voam. Pássaros em todas as direções. Lembrei da estação de trem. Grupos de operários de passagem em suas locomoções.
A jaqueira mantem-se imperturbada enquanto as vacas sonolentas vão chegando para a pastagem.
O rio calmo reflete em suas águas o iluminado céu que se compõe de nuvens movimentadas pelo ar da manhã. Uma grande nuvem branca se espalha como cortina protegendo o vôo das andorinhas que voam diversas vezes pelo mesmo local.
O galo silenciou. Ouço apenas as vacas, que mugem enquanto mastigam no pasto, margeadas por três pássaros pretos que a seguem em sua caminhada.
No telhado ainda se ouve passos das maritacas. O beija-flor, de flor em flor, vibra velozmente as asas. Não tem mais pássaros ao redor, ouvem-se apenas seus cantares ao longe. Nota-se que aqui elas apenas dormem, pois toda tarde elas voltam com sons e cores alegrando o “Vale do Sol”.
A neblina agora encobre a vista das montanhas,enquanto no lado leste a luz ilumina as nuvens por traz de suas montanhas. Como se fosses dois céus. Diferentes em lados opostos.
O milharal manteve-se imóvel toda essa hora. Ainda dorme. Precisa amadurecer suas espigas e grãos.
Uma luz se acende ao longe, no alpendre da casa vizinha. A mulher com um balde vai ordenhar as vacas. Logo, beberei deste leite.  
Chegam os cães, bocejam. Um silêncio paira sobre tudo. Um vento frio sopra do oeste balançando as folhas. Ouço as abelhas.
O galo canta novamente e a luz do dia ilumina o verde das palmeiras, da jaqueira, das mangueiras, dos abacateiros, do caquizeiro, das goiabeiras, da pereira, da romãzeira, dos limoeiros, da parreira, da ciriguela, das hortaliças e verduras molhadas de orvalho, dos grilhos, dos formigueiros. Dos arbustos todos.
Meu estômago ronca, vou comer o milho que colhi na tarde anterior, e depois darei um passeio até a cachoeira para acordar.


Nenhum comentário: